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quinta-feira, outubro 8

Combater colesterol ruim reduz chances de arteriosclerose e infarto


Em 8 de agosto é comemorado o Dia Nacional de Combate ao Colesterol. A data é um convite para mudança de hábitos alimentares, prática de atividades físicas, abandono do tabaco e controle de outras doenças, como diabetes e hipertensão arterial. A ideia é reduzir o número de vítimas da arteriosclerose e do infarto do miocárdio.

O colesterol pode ser considerado um tipo de gordura produzida em nosso organismo. Ele está presente em alimentos de origem animal (carne vermelha, leite integral, ovos). Existem dois tipos: LDL e HDL. O HDL (colesterol bom) desempenha funções essenciais, como produção de hormônio e vitamina D. No entanto, o LDL (colesterol ruim) em excesso no sangue é prejudicial e aumenta o risco de doenças cardiovasculares.

O Brasil teve uma taxa de incidência de 20%, sendo 22,2% em mulheres e 17,6% em homens. 

“Existem remédios para controlar o colesterol alto, mas a arteriosclerose só melhora com uma mudança mais significativa no estilo de vida. Reduzir o estresse, praticar exercícios físicos, manter a pressão arterial estável e o peso sob controle são fundamentais para controlar o colesterol. As pessoas que têm diabetes devem ficar mais atentas”, informa a médica Paola Lima Souza.

Dicas para prevenção
  • Exercícios físicos: a atividade física pode ajudar a emagrecer e a diminuir as tensões.
  • Não fumar: o cigarro é um fator de risco para doença coronária. Aliado ao colesterol, multiplica os riscos.
  • Dieta com baixos níveis de gordura e colesterol: seja rigoroso no controle da alimentação.

segunda-feira, julho 18

Trombose

A trombose é o resultado da formação de coágulos, ou trombos, quando algum fator lesa a parede dos vasos sangüíneos ou faz o sangue estagnar no seu interior. É uma situação anormal e na maioria das vezes, perigosa porque pode reduzir ou obstruir o fluxo de sangue nessas veias ou artérias. Quando a trombose se forma em artérias importantes como as coronárias, que fornecem sangue ao coração causa ataque cardíaco. Se a trombose se localiza nas artérias cerebrais surge o acidente vascular cerebral (AVC). Presença de trombo em artérias que fornecem sangue às pernas ocasiona dor ao andar. A situação é grave se existir dor durante o repouso. Se sangue que flui para às pernas for impedido completamente forma-se uma gangrena. Se tiver formado trombo nas artérias que fornecem o sangue aos intestinos, estes também gangrenam. A trombose das artérias dos rins ocasiona lesão destes. Estes casos são situações de emergência que obrigam geralmente a uma cirurgia.

Uma trombose nas veias profundas das pernas causa vermelhidão, inchaço e dores nas pernas. O coágulo pode partir-se e ser levado pela corrente sanguínea e alojar-se no pulmão ocasionando uma embolia pulmonar, causando frequentemente morte súbita e inesperada. A trombose numa veia superficial das pernas não está relacionada com a trombose venosa profunda (TVP).

Causas
Perna com Trombose

De um modo geral, o trombo não se forma no interior de um vaso (artéria ou veia) saudável, porque a sua cobertura interna impede a formação. Quando o interior do vasos é lesionado, por qualquer razão, a superfície deixa de ser tão lisa, podendo dar origem ao início do processo. A principal causa de trombose é a aterosclerose. Ela torna o interior das artérias rugosas e com placas elevadas no interior dos vasos, embora a trombose também se possa formar no interior de vasos sãos. Geralmente, a tendência para a coagulação pode ser ocasionada por alterações hormonais ou bioquímicas. Esta tendência pode ser maior durante a gravidez, nas mulheres que tomam contraceptivos orais, nas pessoas com cancro que afete os vasos sanguíneos e nas que possuem o sangue espesso (com policitemia, doença ocasionada pelo aumento do número de células do sangue). A trombose nas veias é facilitada por pressão local, inflamação (tromboflebite) e por estagnação do sangue, resultante da falta de atividade física.

Tratamento

Os principais objetivos do tratamento para trombose venosa profunda são:

* Interromper o crescimento do coágulo sanguíneo.
* Prevenir o coágulo sanguíneo de quebrar e mover para os pulmões.
* Reduzir as chances de novos coágulos.

O uso de medicação como anticoagulantes e heparina é o tratamento medicamentoso aconselhado de forma a prevenir a  formação de coágulos, que requer acompanhamento regular.

Outro tipo de tratamento é o filtro de veia cava. Ele é utilizado quando a pessoa não pode tomar anticoagulante ou se estes não conseguiram impedir o desenvolvimento de coágulos. Um filtro é inserido dentro de uma grande veia chamada cava. Esse filtro captura o coágulo sanguíneo que quebra na veia antes dele mover para o pulmão. Isso previne a embolia pulmonar, porém não impede e a formação de novos coágulos.

Também podem ser usadas meias de compressão gradual para tratamento. Essas meias visam reduzir o inchaço que pode ocorrer depois de um coágulo se desenvolver na perna.

Na trombose coronária, o tratamento é urgente para salvar a vida do doente e deve ser realizado no Hospital. Podem associar-se substâncias que dissolvem o trombo e outros medicamentos, conseguindo-se assim reduzir a morte pela doença.

Prevenção
derrame

O risco de trombose das coronárias (artérias do coração) que ocasiona ataque cardíaco e o risco de trombose cerebral, que causa derrame (AVC), pode ser diminuído por redução das causas que facilitam a doença e reduzindo a aterosclerose. O tratamento com aspirina pode ajudar a reduzir o risco de trombose arterial, mas ainda não está provado que reduza a trombose venosa. O risco de trombose venosa profunda pode ser diminuído evitando o peso em excesso, a falta de atividade física prolongada, especialmente evitando estar longos períodos de tempo sentado com as pernas caídas para baixo. Este aspecto é importante nas viagens prolongadas e em qualquer tipo de transporte. Recomenda-se que se façam movimentos com as pernas, levantar e andar um pouco para que o sangue circule.

Impotência Sexual e Arteriosclerose

Também conhecida como impotência sexual, a disfunção erétil  é a doença mais comum entre os homens com o passar dos anos (15% deles a partir dos 70 anos têm dificuldade de ereção) e, ao mesmo tempo, a menos tratada – acredita-se que apenas 10 a 15% dos que apresentam o problema procurem ajuda.

Entre os vários fatores que podem ocasionar a impotência, uma delas é a arteriosclerose. A doença causa insuficiência venosa; como a ereção depende do aprisionamento de sangue nos corpos cavernosos do pênis, que são território venoso, ela pode acabar causando a disfunção. A diminuição progressiva do diâmetro interno das artérias por depósito de gordura em seu interior causa o problema na maioria dos homens.

A arteriosclerose não ocorre isoladamente nas artérias penianas, é um problema mais amplo que afeta de igual modo todos os outros órgãos, como coração, cérebro, rins, intestino e membros superiores e inferiores. Por ocorrer em todo o sistema arterial, desde o cérebro até os dedos do pé, não se pode generalizar e dizer que todos os homens que têm a doença podem ter a disfunção erétil. Esta ocorre quando a arteriosclerose acomete as artérias ilíacas comuns dos lados direito e esquerdo, impedindo a entrada do sangue nas artérias ilíacas internas (hipogástricas). Para ocorrer a disfunção, é condição necessária que a arteriosclerose seja bilateral.

Os fatores que aumentam as chances de ter arteriosclerose são a idade, a hereditariedade, diabetes, hipertensão, taxas elevadas de colesterol, obesidade, sedentarismo, tabagismo e consumo excessivo de bebidas alcoólicas. Para se prevenir, deve-se evitar os fatores de risco que podem ser controlados. A partir daí, o organismo terá sucesso em reparar os danos provocados por eles durante o tempo em que estiveram presentes, e quando o corpo não obtém sucesso podemos ajudar os pacientes com medicações e cirurgias, restaurando a árvore arterial e fazendo com que todos os órgãos, inclusive o pênis, voltem a ter um funcionamento normal.